O manejo clínico deve focar prioritariamente na prevenção primária e secundária. Já que, os estudos demonstram que em pacientes sem retinopatia preexistente, a manutenção da glicemia dentro do valor normal, através da terapia com insulina e orientação ao paciente, diminuiu o risco de retinopatia em 76% do que com a terapia convencional e em pacientes com retinopatia não proliferativa em estágio leve a moderado no início do tratamento, diminuiu em 54%. O controle da glicemia em DM2 também ajuda na redução de risco de retinopatia. Outras estratégias que ajudam a diminuir a velocidade da progressão da retinopatia: controle da hipertensão, controle da glicemia e abandono do tabagismo.
Em casos avançados, o principal tratamento é a fotocoagulaçao com laser de argônio, que consiste basicamente na destruição dos vasos sanguíneos hemorrágicos e as áreas de neovascularização. A fotocoagulação panretiniana é viável para reduzir significativamente a progressão da cegueira em pacientes com risco de hemorragia. A fotocoagulação costuma ser realizada em esquema ambulatorial, e a maioria pode voltar às suas atividades habituais no dia seguinte.
A ocorrência de hemorragia no humor vítreo, pode provocar cegueira. A vitrectomia remove o humor vítreo cheio de sangue ou o tecido fibroso e substitui por soro fisiológico ou por outro líquido. É realizada em pacientes que já apresentam a perda de visão e nos quais a hemorragia do vítreo não desapareceu depois de 6 meses. Seu objetivo é restaurar uma visão útil, em princípio, não se espera uma recuperação para uma visão quase normal.
Diante disso, é preciso destacar que os avanços voltados para o tratamento da retinopatia diabética têm sido grandes. Mas, para que sejam efetivos é que a doença seja detectada precocemente, pois, quanto antes o paciente receber o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso da terapia utilizada, lembrando que, os melhores resultados podem ser obtidos quando a visão ainda está normal.