O tabagismo é o nome técnico dado ao vício em cigarro ou substâncias que contenha tabaco. Para ser considerada tabagista, a pessoa precisa fazer uso de, ao menos, um produto com tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé, fumo-de-rolo, dispositivos eletrônicos para fumar e outros) regularmente, independente do tempo.
Esses materiais possuem em sua composição uma substância química chamada nicotina e é ela responsável por causar o vício e a fixação de um indivíduo por esses materiais. Dentro do cérebro, a nicotina se liga aos receptores neurais responsáveis pelo circuito de recompensa do corpo humano, causando a liberação de dopamina, o hormônio da felicidade. É essa liberação hormonal que faz com que uma pessoa acabe por aderir ao tabagismo. É por conta dessa relação com a nicotina que o tabagismo é considerado uma dependência química.
O problema do tabagismo é que quase sempre, além da nicotina, os cigarros e outros materiais que a possuem estão combinados com substâncias químicas que são altamente tóxicas para o corpo humano, causando doenças e condições médicas diversas. Só o cigarro comum, por exemplo, conta com mais de 4.700 substâncias químicas sendo que pelo menos 70 são consideradas como substâncias cancerígenas.
A OMS, Organização Mundial da Saúde, considera o tabagismo o principal causador de mortes evitáveis em todo o mundo. O tabagismo no Brasil causa mais de 200 mil mortes por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
São diversas as consequências do tabagismo, e, no caso de pessoas com diabetes descompensada, essas estão mais susceptíveis as complicações cardiovasculares, renais e oculares. Logo, se a pessoa com diabetes aderir ao uso de tabaco, há uma soma de conjunto de fatores adversos atuando sobre o mesmo órgão alvo.
Ao se tratar de indivíduos que convivem com o diabetes e que são fumantes, há fatores que se destacam quanto ao risco de complicações: promoção da obesidade central, altas concentrações de cortisol naqueles que fumam, bem como, o aumento de marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo em fumantes.
Em suma, a nicotina ao se ligar aos receptores nicotínicos das células beta pancreáticas, reduz a secreção de insulina, impactando assim no nível glicêmico.