A esquizofrenia foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler no início do século XX. Ele introduziu o termo “esquizofrenia” em 1911, que significa “mente dividida” em referência aos sintomas dissociativos e aos pensamentos desorganizados observados nos pacientes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, esse transtorno mental grave atinge cerca de 21 milhões de pessoas no mundo, no Brasil, são dois milhões de pacientes que convivem com essa condição, que tem sua manifestação prioritariamente no início da vida adulta, entre 20 e 30 anos.
Ao longo dos anos, a compreensão e o diagnóstico da esquizofrenia evoluíram. Durante a década de 1950, surgiram medicamentos antipsicóticos que ajudaram a controlar os sintomas da doença, proporcionando algum alívio aos pacientes.
Na década de 1980 os pesquisadores começaram a entender melhor os fatores genéticos envolvidos na esquizofrenia. Descobriu-se que a doença tem uma base hereditária, ou seja, há uma predisposição genética para o seu desenvolvimento. No entanto, também é reconhecido que fatores ambientais desempenham um papel importante na manifestação da doença. Ao longo das últimas décadas a pesquisa em esquizofrenia tem se concentrado na compreensão dos mecanismos biológicos, nos aspectos neuroquímicos e na estrutura cerebral relacionados à doença. Isso ajudou a desenvolver novas formas de tratamento e terapias complementares para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Embora ainda haja muito o que se aprender sobre a esquizofrenia, os avanços na pesquisa e na compreensão da doença têm proporcionado um melhor manejo dos sintomas, assim como um maior leque de opções de tratamento.
É importante ressaltar que apesar dos desafios a serem enfrentados, com suporte multidisciplinar e tratamento adequado, muitas pessoas convivem com a doença de forma plena, desfrutando inclusive de momentos de felicidade e sentimento de gratidão pela vida.