Embora as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, sejam conhecidas globalmente, estudos indicam que sua incidência é mais alta em países desenvolvidos. Mas o que explica essa diferença?
O impacto da urbanização no aumento da DII
Uma das teorias mais discutidas entre especialistas é o impacto da urbanização. Em países desenvolvidos, os estilos de vida urbanos incluem fatores como:
- Dietas ultraprocessadas: O consumo de alimentos industrializados, ricos em gorduras e conservantes, pode prejudicar a microbiota intestinal, desencadeando respostas inflamatórias.
- Uso de antibióticos: O uso frequente e, muitas vezes, indiscriminado de antibióticos em países desenvolvidos pode alterar o equilíbrio das bactérias intestinais.
- Exposição reduzida a microrganismos: O chamado “efeito higiene” sugere que a menor exposição a microrganismos no ambiente pode reduzir a imunidade inata, aumentando o risco de doenças autoimunes, como a DII.
Genética ou ambiente: o que pesa mais?
Embora a predisposição genética desempenhe um papel na DII, os fatores ambientais parecem amplificar sua incidência em países desenvolvidos. Isso porque:
- Famílias com o mesmo histórico genético apresentam diferentes taxas de DII dependendo de onde vivem.
- A migração de indivíduos de países menos desenvolvidos para regiões urbanizadas aumenta o risco de desenvolvimento da doença em gerações futuras.
Mudanças no padrão de diagnóstico
Outro ponto importante é que países desenvolvidos frequentemente possuem sistemas de saúde mais estruturados e maior acesso a diagnósticos avançados. Isso pode significar que casos de DII são mais facilmente identificados e registrados, em comparação a regiões onde o acesso ao diagnóstico ainda é limitado.
Como reduzir o impacto da DII em qualquer parte do mundo?
Apesar de ser mais prevalente em países desenvolvidos, a DII é uma realidade em todos os continentes. Adotar um estilo de vida saudável, com foco em uma dieta balanceada, práticas que reduzam o estresse e acompanhamento médico regular, pode ajudar a minimizar os impactos da doença, independentemente de onde você esteja.
Estudo clínico da BR Trials: uma oportunidade para portadores de DII
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