No ano de 2019, a International Diabetes Federation estimava que no Brasil, eram 16,8 milhões de pessoas convivendo com o diabetes, sendo 7,7 milhões ainda não diagnosticados.
Desde curto prazo, a hiperglicemia eleva a probabilidade de o indivíduo desenvolver infecções, devido à alteração na resposta imunológica inata e adaptativa. Dessa forma, é preciso lembrar que é necessário promovermos a imunização de crianças e adultos com DM, sendo essa uma estratégia de proteção à saúde.
Embora os benefícios da imunização sejam inúmeros, é notória o desafio da adesão, seja por desconhecimento ou falta de engajamento da equipe multidisciplinar no acompanhamento ao paciente com diabetes. No ano de 2020, a pandemia causada pelo coronavírus, induziu diferentes barreiras aos que convivem com o diabetes, estudos demonstraram que 59,4% visualizaram alterações no nível glicêmico, enquanto 38.4° adiaram consultas médicas ou exames de rotina. O fato de não se imunizar aumenta o risco de evolução grave da doença, sendo que, pessoas que convivem com o diabetes têm um risco ao desenvolvimento de complicações graves da covid-19, sendo três a quatro vezes maior se comparado a população geral, associado ainda as condições de obesidade, doença cardiovascular, doença renal e respiratória, bem como, níveis de glicemia elevados tinham maior correlação com a gravidade da covid-19.
Os estudos realizados constaram que pais, mães de crianças com diabetes e cuidadoras desconhecem o calendário de vacinação específico para o público, bem como, o CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais), o que reflete um engajamento ineficaz do profissional médico e da equipe de saúde para estimular a vacinação das pessoas com DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), nesse caso, a diabetes.