A esquizofrenia trata-se de uma patologia psiquiátrica que afeta cerca de 1% da população, abrangendo pessoas jovens, sendo geralmente crônica, e altamente incapacitante. As principais características clínicas relacionadas a doença são:
- Delírios (frequentemente de natureza paranoide);
- Alucinações (frequentemente na forma de vozes, podendo ser incitantes em na sua mensagem);
- Distúrbio do pensamento (compreendendo linhas de pensamento extravagantes, delírios de grandeza, conclusões irracionais e frases destorcidas);
- Comportamento anormal, desorganizado (tais como movimentos estereotipados, comportamentos agressivos e desorientação);
- Catatonia (pode ser aparente como imobilidade ou atividade motora sem um propósito).
Tratando-se a respeito dos sintomas negativos, encontram-se: afastamento de contatos sociais, aplanamento das respostas emocionais, anedonia (incapacidade em experimentar prazer), bem como, relutância em exercer tarefas diárias.
Além dessas sintomatologias descritas acima, há também uma alteração na cognição, havendo problemas de atenção e memória. Ademais, pode encontrar presentes ansiedade, culpa, depressão, autopenalização, induzindo a tentativas de suicídio que chegam a 50% dos casos, cerca de 10% dos quais com sucesso. A sintomatologia é bastante variável, especialmente no que se refere ao equilíbrio entre os sintomas positivos e negativos, podendo assim interferir na eficácia dos fármacos antipsicóticos nos casos individuais.
Vale lembrar que, a esquizofrenia pode se apresentar de forma drástica em especial na vida de indivíduos jovens, apresentando achados de predominância positiva, enquanto nos pacientes mais idosos os achados mais frequentes são os de sintomas negativos, nessa faixa etária o prognóstico tende a ser por.
Um achado importante a ser destacado na esquizofrenia é a deficiência na atenção seletiva, já que, enquanto um indivíduo que não convive com essa doença, se acomoda facilmente aos estímulos de natureza familiar ou inconsequente, reagindo apenas a estímulos que sejam inesperados ou significativos, a capacidade dos pacientes que tem esquizofrenia em discriminar os estímulos significativos e não significativos demonstra estar reduzida. Dessa forma, o tique-taque de um relógio pode requer tanta atenção quanto as palavras de um acompanhante, um pensamento casual, que uma pessoa normal dispensaria como inconsequente, podendo assim se tornar para eles um imperativo irresistível.