Depressão resistente: uma jornada por tratamentos alternativos

Depressão Resistente

A depressão é uma condição de saúde mental amplamente reconhecida e que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. No entanto, nem todos respondem aos tratamentos tradicionais da mesma maneira. Um subgrupo desses pacientes enfrenta o que é conhecido como depressão resistente ao tratamento (DRT), ou depressão resistente. Este artigo explora o que é a depressão resistente, suas causas, desafios e algumas abordagens alternativas que estão surgindo no campo da saúde mental.

O que é Depressão Resistente?

Depressão resistente, muitas vezes referida como refratária, ocorre quando um indivíduo com transtorno depressivo maior não responde adequadamente aos tratamentos padrões, que geralmente incluem uma combinação de terapia farmacológica e psicoterapia. Estima-se que cerca de um terço dos pacientes com depressão não alcançam alívio significativo mesmo após várias tentativas de tratamento com diferentes medicamentos antidepressivos.

A Depressão resistente se caracteriza principalmente por não haver uma melhora a partir dos tratamentos tradicionais. Então se você tem um quadro de Depressão que não melhorou depois da realização de dois tratamentos distintos, significa que você tem este tipo de condição.

Dr. Acioly Lacerda – Professor de psiquiatria da Escola Paulista de Medicina e Coordenador da área de psiquiatria da BR Trials

Causas e Desafios

As causas da depressão resistente podem ser variadas e complexas, envolvendo fatores genéticos, biológicos e ambientais. Algumas das razões pelas quais os tratamentos padrões podem falhar incluem diagnósticos incorretos, tratamentos inadequados, interações medicamentosas não identificadas, e condições médicas subjacentes não tratadas, como problemas de tireoide ou deficiências vitamínicas.

Um dos maiores desafios na gestão da depressão resistente é a identificação e tratamento de todas as potenciais variáveis que contribuem para a doença. Isso requer uma avaliação abrangente e muitas vezes uma abordagem multidisciplinar para o tratamento.

Tratamentos Alternativos

Diante dos desafios da depressão resistente, pesquisadores e clínicos estão explorando opções de tratamento alternativas. Aqui estão algumas das mais promissoras:

  1. Terapia com Cetamina: Inicialmente usada como anestésico, a cetamina tem mostrado resultados promissores no tratamento rápido dos sintomas de depressão, inclusive em pacientes com depressão resistente. A cetamina pode promover a regeneração de conexões neuronais que são prejudicadas na depressão.
  2. Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): Este método não invasivo utiliza campos magnéticos para estimular áreas do cérebro que têm atividade reduzida na depressão. A EMT tem sido uma opção para pacientes que não respondem bem aos medicamentos.
  3. Terapia de Estimulação do Nervo Vago (TENV): Aprovada pela FDA para depressão resistente, esta terapia envolve a implantação de um dispositivo no corpo que envia impulsos elétricos ao nervo vago, potencialmente melhorando os sintomas da depressão.
  4. Psicoterapias Especializadas: Além das terapias cognitivo-comportamentais padrões, terapias focadas em trauma e técnicas de mindfulness têm mostrado eficácia em tratar aspectos que podem estar contribuindo para a resistência ao tratamento.

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