Abrangendo um fato histórico relacionado à esquizofrenia, têm-se o fato de que, a população internada, especialmente os pacientes crônicos, internados em hospitais psiquiátricos, começou a reduzir de forma bastante drástica entre as décadas de 1950 e 1960. Essa evolução foi proporcionada em vista da introdução dos fármacos antipsicóticos, como um fator facilitador, assim como, as atitudes públicas e profissionais relativas à hospitalização dos pacientes em sofrimento mental.
Embora tenha sido possível essa progressão, essa classe farmacológica ainda tem bastante inconvenientes, são esses:
- Nem todos os pacientes esquizofrênicos respondem à terapêutica farmacológica;
Nesse caso, a recomendação é tentar administrar clozapina nos pacientes que são resistentes a outros fármacos antipsicóticos. Cerca de 30% que não respondem ao regime terapêutico são denominados como “resistentes ao tratamento”, caracterizando assim, um problema terapêutico mais complexo. A razão que diferencia àqueles que respondem ao tratamento quanto aos que não respondem ainda tem a sua causa desconhecida, embora haja alguma evidência inconclusiva que polimorfismos na família dos receptores de dopamina e 5-HT possam ter algum tipo de envolvimento.
- Controlam efetivamente os sintomas positivos (distúrbios do pensamento, alucinações, delírios etc.). Não apresentam efetividade em relação ao alívio dos sintomas negativos (embotamento emocional, isolamento social) e da deficiência cognitiva;
- Induzem diversos efeitos adversos, que incluem efeitos extrapiramidais motores, endócrinos e sedativos, que podem ser graves e limitar o cumprimento terapêutico;
- Podem encurtar a sobrevivência por causa dos efeitos cardíacos.
Portanto, conclui-se que apenas alguns dos fármacos antipsicóticos de segunda geração examinados demonstraram maior eficácia global. Enfatizando então, a necessidade do desenvolvimento de novos tratamentos.