Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, cerca de 20% das mulheres vivenciam episódios depressivos ao longo da vida, enquanto apenas 12% dos homens passam por isso. Existem diversas razões para essa disparidade, e elas podem envolver fatores hormonais, biológicos, sociais e psicológicos.
Fatores hormonais
Homens e mulheres têm sistemas hormonais distintos. Os homens são predominantemente influenciados pela testosterona, substância que confere vigor e energia sexual. Por outro lado, o ciclo hormonal das mulheres é caracterizado por variações ao longo do mês, incluindo períodos de estrógeno elevado e progesterona. Essas flutuações hormonais podem afetar a regulação dos neurotransmissores, desempenhando um papel importante no desenvolvimento de distúrbios de humor. Por exemplo, a conhecida TPM (Tensão Pré-Menstrual) pode causar uma ampla gama de sintomas, incluindo mau humor e até mesmo enxaquecas.
Logo, as flutuações hormonais, como aquelas experimentadas durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa, podem afetar o equilíbrio químico no cérebro, tornando as mulheres mais suscetíveis a transtornos mentais.
Fatores sociais e psicológicos
Além dos fatores hormonais, o contexto social e psicológico também desempenha um papel significativo. As mulheres frequentemente enfrentam pressões sociais para se encaixar em determinados padrões de beleza, desempenho e comportamento. Contudo, essas expectativas podem causar estresse e contribuir para a depressão e a ansiedade. Transtornos de ansiedade, como o Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), frequentemente estão associados ao estresse crônico.
Diferenças no cérebro
Estudos sugerem que diferenças na estrutura e funcionamento do cérebro entre homens e mulheres podem contribuir para essa disparidade. Por exemplo, a amígdala, uma região associada às emoções, é geralmente mais ativa nas mulheres, o que pode aumentar a vulnerabilidade à ansiedade e à depressão.
Dupla jornada de trabalho
Muitas mulheres têm uma “dupla jornada” de trabalho, equilibrando responsabilidades profissionais e domésticas. Isso pode levar a altos níveis de estresse e exaustão, predispondo-as a problemas de saúde mental.
Apesar das taxas mais altas de depressão e ansiedade, as mulheres também demonstraram ser mais resilientes e melhores em adotar estratégias de enfrentamento, como buscar apoio psicológico e psiquiátrico. Elas tendem a buscar ajuda com mais facilidade, e sua disposição para a comunicação aberta possibilita a utilização de medicamentos e psicoterapia como ferramentas para lidar com a depressão e a ansiedade.
É importante reconhecer essas diferenças para garantir que as mulheres tenham acesso ao apoio e tratamento de que precisam. A conscientização, a educação e a promoção da igualdade de gênero são passos importantes na redução dessa disparidade e no apoio à saúde mental das mulheres.
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