Os critérios para diagnósticos e tratamento de depressão devem conter pelos menos 5 dos sintomas sequentes ao longo de um período de 2 semanas, sendo, no mínimo, um dos sintomas, o humor reprimido e anedonia (perda de interesse ou prazer):
- Humor deprimido ou irritável;
- Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais;
- Alterações de apetite e de peso;
- Perturbação do sono;
- Agitação ou retardo psicomotor;
- Fadiga e perda de energia;
- Sentimentos de inutilidade, autorrecriminação ou culpa excessiva;
- Redução na capacidade de raciocínio ou concentração;
- Ideação, planejamento ou tentativa de suicídio.
Ao se tratar da faixa etária idosa, na maioria das vezes, os sintomas depressivos são atribuídos incorretamente ao processo de envelhecimento, afetando o reconhecimento e o diagnóstico. O principal sintoma da depressão, o humor deprimido, é menos frequente nos idosos, sendo mais relatado as queixas somáticas e aumento da ansiedade, o que confunde o diagnóstico. Ainda que seja importante uma investigação completa para aferir se os sintomas são de depressão ou demência, os indícios mais recentes apontam que a depressão pode ser um sintoma prodrômico da demência. Doença física também afetam o diagnóstico, e podendo a depressão ser um sintoma de uma doença clínica. Alguns medicamentos podem induzir um quadro depressivo, e diversos problemas sociais favorecem o diagnóstico de depressão.
O desenvolvimento da depressão em idosos é similar aos indivíduos mais novos. As taxas de suicídios são maiores entre os idosos, ocorrendo um aumento no avançar da idade, principalmente, em homens brancos com mais de 65 anos. No entanto, as razões são desconhecidas.
Como o diagnóstico de depressão em idosos pode ser difícil, o uso de um método de triagem pode auxiliar, como por exemplo, a Escala de Depressão Geriátrica (EDG), que tem como objetivo identificar e quantificar sintomas depressivos na população idosa.